Thursday, September 29, 2005

SERÁ POSSÍVEL VIDA EM TITÃ?

SERÁ POSSÍVEL VIDA EM TITÃ?
16 de Setembro de 2005

As descobertas recentes da sonda Cassini da NASA e as novas descobertas sobre organismos terrestres que proliferam em condições extremas estão a fazer com que os cientistas repensem a possibilidade de poder haver vida na lua Titã de Saturno.


Titã, a maior lua de Saturno.
Crédito: NASA/JPL/Space Science Institute
(Clique aqui para ver versão maior)

Analisando os dados dos recentes flybys que a Cassini tem feito a Titã, os cientistas do Instituto de Pesquisa do Sudoeste (SwRI) do Texas e da Universidade do Estado de Washington anunciaram durante a última semana que vários dos elementos cruciais para a vida na Terra se encontram também presentes em Titã, includino reservatórios líquidos de moléculas orgânicas e abundantes fontes de energia.

Descoberta em 1655 pelo astrónomo holandês Christian Huygens, Titã é a segunda maior lua do Sistema Solar logo depois de Ganimedes, a maior lua de Júpiter.

Olhando em volta, uma pessoa na superfície de Titã veria os campos rochosos pejados com pequenos seixos de gelo. Olhando para cima, veria nuvens passando a alta velocidade através do céu alaranjado de Titã, porque, tal como Vénus, a atmosfera de Titã gira muito mais rapidamente do que a sua superfície. Na maioria das ocasiões, Saturno e os seus anéis magníficos não seriam visíveis devido ao denso smog alaranjado que cobre normalmente toda a lua.

Os cientistas estão interessados em Titã porque é semelhante à Terra, mil milhões de anos antes da ocorrência de vida. Titã é mais frio ( -178º C) do que a Terra primitiva era, mas tem uma atmosfera densa rica em azoto e um processo natural para produzir o hidrogénio e o carbono que fazem parte das moléculas orgânicas, essenciais para a vida na Terra. Os astrónomos têm sempre visto Titã como um lugar que reúne os pré-requesitos para a vida, mas a maioria dos cientistas consideram-no demasiado pouco hospitaleiro para poder realmente a albergar.

A luz ultravioleta do Sol reage com o azoto e o metano no topo da atmosfera de Titã, o que produz o smog alaranjado e uma produção constante de matéria orgânica que cai constantemente na superfície.

Muitas das forças naturais que dão forma à paisagem terrestre encontram-se também activas em Titã, incluíndo o deslocamento de placas continentais, a erosão do vento, vulcões e provavelmente oceanos - constituídos por etano, metano e não água. Na Terra, estas forças levantam montanhas e esculpem penhascos e desfiladeiros. No entanto, a maioria da superfície de Titã parece lisa, o que leva muitos cientistas a desconfiarem que a lua seja relativamente nova.

A vida a existir em Titã, um bom lugar para a encontrar poderá ser nas fontes quentes associadas aos reservatórios de hidrocarbonetos, disse David Grinspoon, um investigador de ciência do espaço da divisão da engenharia do SwRI .

As especulações sobre a vida em Titã são também alimentadas pelas descobertas recentes de organismos microscópicos que vivem em ambientes extremos na Terra, e que parecem capazes de sobreviver em ambientes muito mais áridos do que quaisquer anteriormente imaginados.

Uma espécie recentemente descoberta de extremófilas pode viver em ambientes dez vezes mais salgados do que a água do mar. Outra espécie encontrada no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos da América, pode viver exclusivamente de hidrogénio, o elemento mais abundante de todo o Universo.

Talvez o mais relevante para se suspeitar de vida em Titã, foram as descobertas dos cientistas nas duas últimas décadas de diversas espécies de bactérias que proliferam em ambientes com temperaturas muito baixas. Estas bactérias, chamadas psicrófilas, proliferam a temperaturas que variam entre -5º C e 20º C, e usam o metano para produzir energia. Os cientistas pensam que para que a vida exista em Titã, haverá provavelmente uma combinação destas características.

Grinspoon especulou que um eventual ser vivo em Titã seria provavelmente capaz de produzir a energia misturando o acetileno, um hidrocarboneto abundante na atmosfera de Titã, com o hidrogénio. Essa energia poderia então ser aproveitada pelos microorganismos de modo a alimentar o metabolismo ou para aquecer as suas vizinhanças de modo a manter a temperatura dentro de limites aceitáveis.

Esta especulação fundamentada foi apresentada na reunião de 8 de Setembro de 2005 da divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronómica Americana .

Links:

Notícia SPACE.COM:
http://www.space.com/scienceastronomy/050913_titan_life.htm

Fabiano Oliveira

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